Exhibition
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D’après Abel Salazar ( IJUP 2017)
8 a 10 de Fevereiro – Faculdade de Medicina da Universidade do Porto
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D’après Abel Salazar verifica um interesse em partir dos desenhos e gravuras deste autor e cientista. Segundo, e a partir de, mas ao contrário, por esse fim menos estudado, a gravura, compreendendo os seus modos, métodos, fontes, atitudes, estados de espírito, afectos e inclinações. Retomar o sentido da expressão d’après emprestada à gravura significa analisar, porque Abel Salazar aparece-nos como um princípio a reproduzir, não num sentido mecânico e vazio, de cópia. Aprender a pensar com ele, começando pela gravura significa rever quando o criador se coloca perante um problema de representação e especula. Logo, aí verificar como a sua vontade de ver se manifesta nas mais elementares circunstâncias do fazer, mesmo nos meios associados à reprodução.
É segundo este enquadramento que um conjunto de estudantes de pós-graduação da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP) retoma e problematiza o artista e cientista Abel Salazar, a partir da coleção disponível na Casa Museu Abel Salazar. A investigação, conduzida sobre um conjunto de objetos – desenhos, gravuras, matrizes, instrumentos, documentos – começa por interrogar como foram usados e feitos. Ao longo do programa de ensaios reeditam-se matrizes de zinco originais, observam-se as impressões arquivadas, reutilizam-se os equipamentos da oficina de Abel Salazar, estudam-se livros da biblioteca particular e os seus manuscritos, e lêem-se os documentos publicados em jornais da época. Uma arqueologia necessária ao entendimento dos objetos e como estes podem apontar para o seu tempo, e ajudar a descodificar, porque usados por um autor atento. Já em contexto académico curricular, revêm-se fórmulas de tintas e vernizes para calcografia, e repõem-se lacunas, dispondo da exiguidade de materiais disponíveis e reagindo à complexidade identificada em receituários e tratados consultados. A esta dificuldade acrescenta-se a natural oxidação e deterioração das chapas, a incerteza sobre os efeitos provocados e adoptados pelo autor, sobre os papéis, e nas chapas, à custa de processos baseados em ácidos e efeitos de superfície. Entretanto, constata-se a ausência de testemunhos e fontes que foquem o estudo da gravura artística no específico dos métodos em português, e como este tipo de investigação, baseada numa arqueologia tecnológica, é oportuna para preencher o silêncio e completar os cenários.
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(vídeo)
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Trabalhos autorais de alunos de MTDI (Meios e Técnicas do Desenho e da Impressão) do Mestrado em Desenho e Técnicas de Impressão da FBAUP
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Fotografias de Pedro Ricardo e Bruna & Tiago Design
